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sábado, 2 de julho de 2011

Convite às artes visuais - Fábio Massalli (O Diário.com - Maringá)...


No frio da terça à noite, artistas plásticos maringaenses aguardavam a chegada da secretária municipal de Cultura Flor Duarte no Auditório Joubert de Carvalho. Enquanto esperavam, ouviam música ao vivo, vinda de um violão, numa espécie de abertura da intervenção Galeria Arte à Vista, que traz trabalhos dos alunos do curso de Artes Visuais da UEM em uma sala ao lado do Auditório Joubert de Carvalho.

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O clima de descontração antes da reunião se manteve durante o evento, e tanto Flor Duarte quanto a maioria dos artistas saíram com uma visão positiva do encontro, que buscou dinamizar a área das artes visuais e cobrou do poder público mais espaços para exposições.
Durante a reunião, Flor Duarte anunciou a realização do Convite às Artes Visuais. O projeto atualmente está no departamento jurídico da Prefeitura e tem como propostas centrais a elaboração de um edital que vai oferecer 12 prêmios em dinheiro para projetos de artes visuais.
Os vencedores farão exposições de quinze a vinte dias no Museu Helenton Borba Cortes, no Teatro Calil Haddad. A prefeitura deverá oferecer também o cartaz, convites e folder da mostra. "A ideia é que as exposições sejam de qualquer estilo, por isso será um edital de artes visuais e não de artes plásticas. Os projetos poderão ser inscritos tanto para mostras individuais como coletivas", disse Flor.
A proposta das exposições vencedoras durarem no máximo 20 dias foi feita para que o museu tenha a possibilidade de agendar outras exposições em 2012, inclusive mostras de artistas e acervos de outras cidades.

Tabajara Marques

Artistas se preparam para encontro com Flor Duarte: Convite às Artes Visuais já está no departamento jurídico da Prefeitura, disse a secretária










Durante a reunião também se decidiu que um comissão formada por representantes dos artistas e da Cultura faça um mapeamento dos espaços, tanto públicos como privados, na cidade que possam ser utilizados para exposições.
Um primeiro espaço já está garantido. Uma sala ao lado do Auditório Joubert de Carvalho foi usada por alunos do curso de Artes Visuais da UEM para a instalação Galeria Arte à Vista. O nome da instalação se tornou nome do espaço e, segundo Flor Duarte, passará a abrigar exposições de artes plásticas que possam ser vistas da rua. O espaço não poderia abrigar outros tipos de mostras por problemas de acessibilidade.
Outras propostas que foram apresentadas no encontro e que serão analisadas pela Secretaria de Cultura: utilizar espaços nos centros culturais nos bairros para exposições de jovens artistas e a criação de um arquivo físico e virtual com informações sobre os artistas da cidade. Tal arquivo seria consultado pela população e mostraria a produção, trajetória e publicações sobre a obra dos artistas da cidade.
Também existe a ideia de se fazer um salão municipal de artes visuais em 2012, através de uma parceria entre a Secretaria de Cultura, UEM e Cesumar. O nome do salão homenageará o artista plástico Massayuki Seko, falecido no ano passado.

Veja lá
Exposição Galeria Arte à Vista, com obras dos alunos do 1º ano de Artes Visuais da UEM. Até terça-feira, na Galeria Arte à Vista (Avenida Quinze de Novembro)

quarta-feira, 18 de maio de 2011

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DESIGN COMERCIAL – UBERLÂNDIA - FACULDADE UNIESSA...


CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DESIGN COMERCIAL – UBERLÂNDIA - FACULDADE UNIESSA...


BOM DIA ALUNOS UNIESSA e AMIGOS DESIGNERS!

Já estão abertas informações sobre o CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DESIGN COMERCIAL – FACULDADE UNIESSA.
 
quem pode fazer a pós-graduação: portadores de diploma de nível superior, ou graduandos no último ano de formação (conforme análise prévia de currículo e histórico escolar).
início das aulas: AGOSTO/2011
garanta seu lugar, VAGAS LIMITADAS!
 
para mais informações, envie suas dúvidas para design@uniessa.com.br ou fale com a COORDENAÇÃO DA PÓS EM DESIGN UNIESSA, Profs. Angélica Marsicano ou Fernanda Arantes (34-9968-7122).
 
atenciosamente,
Fernanda Arantes.
Coord. e Professora Graduação em Design UNIESSA.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Antoni Muntadas (fonte: DAS ARTES)...





 Antoni Muntadas (Barcelona, 1942) deve ser atualmente um dos artistas mais viajantes e internacionais da cena da arte contemporânea, em virtude de uma prática e poética artística fundamentada nas conexões local-global. A sua obra transita paralelamente aos tempos em que vivemos, atenta, sobretudo, à sua natureza informativa, comunicacional e política, a estas afinadas conexões. Os diferentes projetos que este artista assina, muitos configurados depois de longas investigações, também são revisáveis como obras abertas que permitem desdobramentos inéditos. Eles abordam, preferentemente, a pesquisa informativa em espaço público/privado, as fronteiras sociocomunicacionais, a importância dos contextos e da recepção, a desconstrução das imagens ou seus mecanismos invisíveis.

Esta variedade de focalizações alimenta a mudança de registros e objetivos, de configuração espacial e conceitual, dependendo sempre do contexto estudado e escolhido. Neste sentido, são muitas as perspectivas e os meios são reconhecidamente híbridos, plurais, convergentes: fotografia, vídeo, publicações, internet, instalações multimídia. Além de ministrar periodicamente seminários em numerosas instituições de arte e cultura. No caso do Brasil, são frequentes as suas visitas e trabalhos, assim como diversas as sintonias/amizades artísticas.

A defesa de uma subjetividade crítica perante a presumível objetividade dos meios de comunicação ou a lucidez de análise das nuances abissais entre o mundo da arte e seu sistema fazem de sua obra e discurso indispensáveis para não se cair mais em uma noção ingênua da história e da cultura do último terço de século.

Muntadas acaba de receber o prestigioso premio Velázquez de Artes Plásticas da Espanha, pouco depois desta entrevista realizada em maio de 2009 (Rio-Nova Iorque). Nela, o artista reflete sobre questões ligadas a seu trabalho e nosso tempo de forma indissociável, e ainda sobre alguns conceitos operativos caros de sua poética (media landscape, heteroespaços, hibridismo, ecologia da imagem), nos quais sempre se potencializa a presença do público, da comunicação. Como diz um lema seu: “a percepção requer envolvimento”.


Arte Vida, 1974


 Vamos começar pela palavra projeto. É a que melhor define o seu trabalho, porque são pesquisas e estudos em várias áreas, preparação e planejamento de muitas coisas, e também porque demora muitos anos, não?

 Das palavras “obra” e principalmente “peças”, mantenho distância, prefiro usar a palavra projeto. De certo modo, a forma de trabalhar em um projeto pode vir do campo da arquitetura, em que se podem ver mais claramente as etapas, ou do cinema, pois parte-se de uma ideia e daí já se desenvolve um processo, que muitas vezes é longo – no meu caso –, até que se realiza um trabalho. O que acontece é que esses projetos deixam, muitas vezes, situações abertas, em que há continuidade, revisão ou reedição. Têm algo de trabalho não fechado, o que, por outro lado, me dá a possibilidade de que, em cada sujeito de análise, em cada projeto, existam características especiais definidas no próprio projeto. Eu nunca começo um projeto com o meio definido. A definição acontece durante o próprio processo de busca, de pesquisa, que leva à determinação do meio, isto é, se vai ser uma série fotográfica, um vídeo, uma instalação, ou se vai ser um programa para televisão ou para internet, um livro ou uma publicação. Então, para mim, projeto e processo de trabalho caminham juntos, e há um tempo de desenvolvimento orgânico. Eu acho que os projetos sempre começam por curiosidade e por querer saber mais sobre algo. No momento em que você dedica um tempo para ler, ver, explorar, pensar sobre algo, existe a possibilidade de que você chegue a entender melhor as coisas.

Também há a questão da autoria, bem diferente quando acaba sendo compartilhada por uma equipe, quase como no cinema ou na arquitetura.

 Eu sempre digo que os créditos dos filmes de cinema, por exemplo, estão muito claros. Esse trabalho que se chama Credits (1984) partia de um ponto de vista irônico: passava por partes de créditos de muitas produções. Inclusive, via-se que pelos créditos já não se tinha que ver o filme, pois, no momento em que os créditos são feitos em um filme, ou em um programa de televisão ou em um documentário, já se percebe a diferença (se feito pela produtora de televisão pública, por Hollywood ou por produtores independentes). Eu recupero a ideia do trabalho em equipe, no sentido de que eu não poderia fazer sozinho muitos desses trabalhos complicados. Evidentemente, alguém tem que assiná-los, mas, nesse sentido, é assinar entre aspas: é o autor, mas com a ajuda de muita gente. Há trabalhos que são mais complicados, com, por exemplo, The File Room (1994), um trabalho coral. A ideia de trabalho coral é importante, pois aí se está reivindicando colaborações e contribuições de muita gente.



Between the frames: The Forum,  1983-1993


 Os trabalhos ou projetos ficam um pouco pendentes, na expectativa de novas reformulações, e isso também tem um sentido de obra aberta, porque os trabalhos também deixam o público um pouco como editor, certo?

 Eu acho que é um pouco reivindicar o conceito de obra aberta de Umberto Eco, no sentido de aberta à interpretação. Por outro lado, o trabalho pode ser retomado com o tempo, e poder ser contínuo, porque as preocupações continuam latentes.

 O seu campo de preferência, no fundo, é o das paisagens dos macromeios, de todos os efeitos da comunicação de massa sobre a sociedade, com as suas seduções tão massivas. A imagem pública é algo que o move a trabalhar e, principalmente, a parte invisível da imagem?

 Eu sempre digo que não invento nada, ou seja, eu trabalho com coisas que existem, há quase um processo consciente, que é, logicamente, ecológico da imagem. Às vezes, não é necessário produzir mais, o que há já está bom. É bom voltar a ver, reusá-lo, recontextualizá-lo, ou reposicioná-lo, reeditá-lo. Eu acho que a paisagem dos meios é um dossiê aberto, no qual houve toda uma reflexão e que é algo que está aí. Evidentemente, é media landscape porque eu já pensei vivendo nos Estados Unidos e, além disso, é onde essa paisagem midiática é mais forte e onde foram produzidos muitos trabalhos.

 Você sempre está atento às mediações, às comunicações, às traduções; a tudo o que estrutura o imaginário, algo que muitas pessoas nem sempre prestam muita atenção.

Já disse algumas vezes que esse exercício ótico de zoom in/zoom out é um bom exercício para se aproximar do que você chama de olhar microscópico, e olhar não só os pontos ou os dígitos da imagem. Eu acho que é também um bom exercício de olhar sobre a imagem, de se aproximar e também recuar, distanciar-se, para depois ver as coisas, o contexto próximo. Isso também vale para o mundo da arte. Penso que o mundo da arte deve se aproximar desse mundo onde estamos e onde a maioria dos trabalhos está situada. Mas também é bom ir para trás, ver a arte em relação a outras disciplinas, a antropologia, a sociologia, os sistemas de comunicação, a política. Sem se esquecer do fato cultural, mas também com esse exercício de zoom in/zoom out.

A propósito dos mecanismos invisíveis da imagem, que se pode dizer?

 Isso está ligado ao que eu dizia sobre os media landscapes. Você observa essas paisagens dos meios e tem que se pronunciar. Eu sempre advogava pelo que eu chamava de uma subjetividade crítica, que outros chamavam de intersubjetividade. Nós não podemos alcançar a objetividade, é algo que não existe. Nos próprios sistemas de comunicação, por mais que lhes sejam exigidos uma equanimidade e um equilíbrio, a objetividade não existe. A subjetividade crítica aceitava uma posição individual, mas com respeito crítico. Os mecanismos invisíveis eram uma maneira de se pronunciar: todas as imagens, inclusive a ideia da imagem, a sua análise e como nos pronunciamos, como nos situamos. Eu acho até que o meu uso das palavras – às vezes em cima de imagens – é uma espécie de acupuntura sobre a imagem, para mostrar um pouco uma situação, onde me situo. Por exemplo, em um vídeo de televisão Video is Television? (1989) ou vídeos de instalações em que aparecem palavras, caso de The Board Room (1988).

 Toda essa imagem que se publica na mídia é a matéria-prima do seu trabalho, mas certas aventuras estéticas da história da arte, também, é claro. Como você se posiciona no confronto, pelo menos a nível acadêmico, da chamada cultura visual diante da arte?

 Quando se fala de arte, fala-se da produção artística, do que fazem os artistas, do que se trabalha. O mundo da arte, nestes últimos anos, foi confundido com o sistema. Eu nunca diria que ele não é necessário, com todos os intermediários, as pessoas que estão entre a arte, o artista e a audiência – sobre isso, concebi um trabalho, Between the Frames, que levou dez anos, e que, de certo modo, era um retrato bastante claro dos anos 1980. Então, os papéis da academia, da galeria, do museu, do crítico, da revista etc. são necessários; o que acontece é que às vezes se confunde arte como produção e arte como sistema. Então, é necessário ter essas coisas muito claras, assim como tem que ser clara também a forma como a teoria se produz com a crítica, ou os estudos visuais, como os trabalhos são vistos. As palavras sempre vão mais longe que as obras. Não há essa rapidez em construir um discurso que se possa ver oralmente. Apesar de este discurso oral muitas vezes ser construído sobre as obras. Quero dizer que há uma espécie de gap entre o que se pede e o que se faz. Ou seja, o teórico – e seria muito importante que ficasse claro –, em alguns casos, vai mais rápido do que a prática física. E o indivíduo não vive aos saltos. É um discurso que é pessoal, biográfico, e que tem relação com as inquietações que se vão desenvolvendo. Acho que se pede coerência a um artista em um momento de uma retrospectiva, algo do qual eu estou muito distante, mas também se deve pedir uma coerência ao crítico no momento de sua antologia. Não é que o discurso teórico seja mais fácil, mas a retórica pode ser construída de uma forma infiel, já a prática se constrói de outra forma.



 Seu trabalho está dirigido a lugares bem diferentes, não? Você fala um pouco de espaços protegidos, há os espaços públicos e os espaços de trânsito, e, muitas vezes, você os confunde. Um artista de hoje não pode se limitar a um espaço institucional, que mostra só de uma determinada forma as coisas, pois acaba midiatizado...

 Hoje, o que eu chamo de espaço público é a rua, a televisão, a internet, as revistas, os livros, ou seja, o que tem uma nuance massiva, ou se estou fazendo um trabalho que depois vai passar pela televisão. Então, são espaços que são amplos, logicamente, e o que acontece é que existem muitas audiências, não há uma única audiência. Eu cheguei a fazer na Argentina uma exposição em três lugares, pois eu achava que eram audiências completamente diferentes, pois você podia combinar e criar um conjunto em que houvesse audiências que não vão a um lugar, mas que vão a outro.

 A atenção que você dedica à televisão ocupa um lugar simbólico preferencial em seu trabalho.

 É tão preferencial que ela está sempre ligada na minha casa, mas quase não a vejo. É como uma lâmpada. Às vezes, troco o canal, mas não fico olhando tanto. É uma lâmpada e é um reflexo. A internet está utilizando cada vez mais um campo em que antes funcionava a televisão. Acho que os meios vão se juntar. A imprensa, a televisão e a internet estão condenadas a isso (principalmente a internet e a televisão), para o bem e para o mal. Existirá a televisão cotidiana, do dia-a-dia, e também estará o arquivo na internet. Penso que há uma confluência entre os meios. O próprio vídeo como meio morre e se transforma em outra coisa. Hoje, os filmes não estão feitos em 35 mm originariamente, e sim em vídeo de HD; a imagem é híbrida neste momento. Já não se pode falar da ortodoxia da imagem. A ideia da instalação é híbrida, no sentido de como confluem meios e situações.

 Você já intitulou uma exposição importante como híbrida (Híbridos, 1988). A sua forma de trabalhar é híbrida, no sentido profundo, não no sentido frívolo.

 Eu reivindico como positiva a palavra “híbrido”. Quando fiz a exposição no Reina Sofía, em Madri, em 1988, as pessoas diziam: “como você pode chamar de híbridos os seus próprios trabalhos?”. Mas eu dizia que eu não acredito na questão pura, e sim que tudo está hibridizado e há uma superposição de coisas, e eu acho interessante dar nome a isso. Depois, com o tempo, foi sendo utilizado mais e mais no âmbito cultural. Em paralelo a isso, havia o livro Culturas Híbridas, de Canclini, de quem sou próximo (ele já escreveu vários textos muito interessantes sobre o meu trabalho e eu também acompanho de perto o seu trabalho). Hoje em dia, não se pode falar de alguma coisa em que não haja uma hibridez. O que acontece é que, com o tempo, as coisas se assentam e até as palavras são digeridas e perdem significado.

 Eu me lembro sempre de uma exposição sua em Madri, a imagem de uma televisão com uma equação diante dela, complexa e em direção contrária ArteVida (1974). Como é essa relação?

 Essa relação é importante, claro. E acho que foi Ricardo Basbaum quem fez uma recopilação das pessoas que fizeram essas várias relações e atividades, e usava um diagrama. Essa relação de arte e vida era retomada naquele diagrama, e aí se via a diferença. Para mim, a arte é vida e a vida é arte; eu não vejo a situação de Fluxus, em que, de viver, saia a arte. Eu tenho uma distância. Eu tenho que entender a intenção e internalizar o trabalho e decidir. Pode parecer um trabalho rápido, mas não é. Isso faz com que meus trabalhos e meus projetos se nutram de minhas experiências vitais, mas há um transvase nos dois sentidos. Eu não vejo como uma equação igual. Acredito que a influência da arte na vida e da vida na arte é superimportante para um artista. Por isso, a reação de artevida (com as flechas para ambos os lados).



The Limousine Project, 1990


 Em algum momento você chegou a dizer que a arte deve ter uma função social, deve ter uma utilidade. Nesse caso, não se pode falar de arte sem público, sem comunicação. Você se interessa especialmente pelo público...

 Eu vou dizer algo que acho que já disse, e que muita gente já disse também. Não há livro sem leitor, nem um filme sem alguém que o veja. O público fecha o círculo, e o faz de diferentes formas. É daí que vem a série On Translation, que eu começo a fazer a partir dos trabalhos que levam mais tempo, como Between the Frames, sobre a arte, o artista e a audiência, e The File Room, que fala de como a censura pode limitar ou eliminar coisas do espaço público para a audiência. A partir disso, On Translation é um trabalho que me faz pensar sobre a transcrição, tradução e interpretação das coisas, e creio que todos vão ter uma interpretação diferente. Eu inclusive voltaria – e eu já disse isso em cursos – a retomar a ideia de Malraux, do Museu Imaginário, do Museu Pessoal, em que cada um poderia fazer o seu próprio museu, e que em seu próprio museu você vai ter as suas coisas e eu vou ter as minhas. Uma pessoa pode ter um Goya, um filme do Godard e um comic, pode ser algo que tenha recolhido por várias partes e que contradiz um pouco a ideia de museu absoluto. Eu acho que a interpretação e os valores pessoais precisam ser enfatizados. Voltemos ao lema: Warning: Perception requires involvement (“Atenção: Percepção requer envolvimento”).

 Eu acho que esse lema é quase uma declaração de princípios do seu trabalho.

 Sim, reúne coisas. O trabalho é difícil, talvez porque eu já trabalhe há bastante tempo e sejam muitas situações e meios, o que é difícil de captar. Mas como eu acho que são fragmentos, é importante que depois esses fragmentos se unam e formem uma totalidade. Evidentemente, cada trabalho é um fragmento, como esta conversa é um fragmento de uma possível conversa muito mais longa.

Sociedade e mídia no foco de Antoni Muntadas, artista espanhol que reflete o espaço público e privado no circuito de arte brasileiro...



Para ele nada é casual. Tudo pode começar por desvendar uma curiosidade, segue num longo e meticuloso processo de pesquisa, o suporte define-se no decorrer dos trabalhos e o resultado ele não chama de obra. Prefere a denominação projeto, como no cinema e na arquitetura, que, igualmente, demandam investigações e realizam-se em etapas. Esse é Antoni Muntadas, um dos mais importantes artistas contemporâneos da Espanha, que expõe com certa regularidade no Brasil e está apresentando, na Estação Pinacoteca, cinco trabalhos realizados entre 1978 e 2011, cujos temas são seu foco permanente de observação: sociedade e mídia, muitas vezes centrando-se em reflexões sobre o espaço público e o privado.

É o caso de Alphaville e Stadium, dois projetos contextualizados no Brasil. O primeiro, um vídeo, analisa o fenômeno urbano dos condomínios fechados, particularmente expressivo em São Paulo, e que gera a privatização do espaço urbano. À fragmentos do filme de Godard sobre a cidade fictícia que deu nome ao bairro paulista, Muntadas mescla imagens de muros, câmeras, catracas e portas para propor uma reflexão. O segundo trabalho integra a série Media Architecture Installations, em que os trabalhos incorporam a linguagem arquitetônica, neste caso enfatizando o estádio como espaço de comunicação, invertendo a posição do telespectador e deslocando-o para o centro do campo. Em Video is Television?, ao sobrepor palavras e imagens criando uma nova "paisagem", ele propõe tratar da mídia como agente construtor de outra realidade. On Subjectivity compõe-se de uma publicação que reúne fotos extraídas da revista Life, cuja crítica recai na visão estereotipada de meios de comunicação e de um vídeo em que Muntadas ataca a televisão ao juntar duas tempestades - uma de neve e uma de informação. Por fim, nos vídeos On Translation: Fear/Miedo e Medo/Jauf, o artista volta-se para a sensação de medo a partir de tomadas e entrevistas com pessoas que vivem lado a lado em fronteiras como San Diego e Tijuana.

O fato é que os diferentes projetos desse artista espanhol, nascido em 1942, em Barcelona, também funcionam como trabalhos abertos, permitindo "múltiplos desdobramentos", na opinião do crítico Adolfo Montejo Navas. Ainda porque, também são muitos os meios que Muntadas emprega: a fotografia, o vídeo, publicações, internet e instalações, tornando seu trabalho híbrido e, ainda segundo Navas, reconhecidamente "plural".

Ana Cândida Vespucci é jornalista de cultura e assistente de redação da revista Nossa América, do Memorial da América Latina

fonte: 
http://www.revistabrasileiros.com.br/edicoes/44/textos/1426/

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

CURSO DE FOTOGRAFIA - SENAC...



O Curso de Fotografia é procurado por pessoas de todas as idades e gêneros. Fotografar é uma arte e as mais belas fotografia são feitas por profissionais da área que se empenham no que fazem. Muitas pessoas fotografam no dia-a-dia, mas o curso te ensina todos os detalhes para uma foto perfeita. Existem exposições por todo o mundo de diversos fotógrafos de sucesso. Com um pouco de imaginação e um lindo cenário, a foto pode parar em diversos outros trabalhos, como sites, outdoors, montagens e muito mais. Na internet você encontra curso online grátis de fotografia em diferentes instituições de ensino.
Entre elas podemos destacar o SENAC que oferece cursos no Brasil inteiro, inclusive cursos pela internet. Esse tipo de curso EAD faz um enorme sucesso, principalmente entre as pessoas que não tem tempo para aulas presenciais. Navegando pela internet você encontra um curso de fotografia grátis SENAC 2010, que está disponível no próprio site da empresa. Acesse então o site do SENAC e confira mais detalhes sobre como se inscrever em um curso gratuito de fotografia. Em cada estado há uma disponibilidade diferente em relação à esse curso e qualquer outro.
Em São Paulo, por exemplo, você encontra os seguintes cursos:
Ensaio Pessoal
Formação Básica em Fotografia
Fotografia Digital
Fotografia Digital Profissional – Módulo I
Fotografia Publicitária
Fotografia de Arquitetura
Fotografia de Casamento
Fotografia de Culinária
Fotografia de Moda, Beleza e Retrato
Fotojornalismo Digital
Introdução à Fotografia Digital
Introdução à Iluminação para Estúdio
LabSenac
Oficina de Flash
Oficina de Fotografia de Espetáculos
Oficina de Fotografia de Jóias
Organização de Arquivos Fotográficos
Produção para Fotografia Publicitária
Retrato e Book
Tratamento da Imagem Digital para Fotógrafos
Entre esses cursos estão os cursos presenciais e o curso de fotografia EAD que também está distribuído em vários outros cursos. O mais procurado, principalmente pelos mais jovens, é o curso de fotografia digital, um dos mais modernos cursos da atualidade.

PROGRAMA DE ESTUDOS PÓS-GRADUADOS EM ARTES - MESTRADO EM ARTES VISUAIS - Faculdade Santa Marcelina


domingo, 30 de janeiro de 2011

Fotografia com status de arte...

A consolidação da fotografia como obra de arte é o objetivo maior do Ateliê Santo Lima das Imagens, cuja nova ação é a exposição permanente Caótica, que reunirá durante todo o ano a produção autoral do seu coletivo de fotógrafos: Marcelo Lyra, Renato Spencer, Rafa Medeiros, Beto Figueiroa e Tom Cabral. O público pode conferir o trabalho desses profissionais a partir de hoje, às 17h, quando eles abrem as portas do espaço com a primeira das 12 edições mensais do Domingo Santo. Será um evento para dinamizar a procura pelas fotografias, que estão sendo vendidas em molduras de tamanhos variados. Até o fim do ano, a proposta é promover duas oficinas.

O projeto também dialoga com as artes visuais e com a música, por isso a participação, nessa primeira edição, do grafiteiro Galo de Souza (que fará a pintura da fachada do ateliê) e do DJ KSB. Marcelo Lyra explica que as fotos da mostra (são mais de 30) serão repostas à medida que forem comercializadas. ´A ideia é manter uma galeria com a produção autoral de fotógrafosque fazem trabalhos freelancer; mostrar a produção que ficava dentro da gaveta. É uma forma de botar a imagem na parede. Batizamos a exposição de Caótica porque não existe um tema fechado, um elo entre as fotos`, resume Lyra.

O projeto tem três frentes: a galeria com a exposição, um laboratório para revelação manual em preto e branco e uma sala para o acervo. O laboratório e o acervo estarão abertos a outros fotógrafos que quiserem revelar e guardar seu material de forma adequada e segura. No segundo semestre, o coletivo programará as oficinas, que serão oferecidas a estudantes de fotografia ligados a ONGs. O Domingo Santo está programado para todos os meses, ocupando espaços artísticos e boêmios da Rua do Lima, como o Muda, Copo Sujo, Nave, Acre. O Santo Lima fica na Rua do Lima, 269, Santo Amaro. Mais informações: 3222-3180. (Michelle de Assumpção) 



Algumas imagens da exposição:
http://www.diariodepernambuco.com.br/midia/info/viver_300111_2/


fonte: http://www.diariodepernambuco.com.br/2011/01/30/viver3_0.asp

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

FOTOGRAFIA - BACHARELADO - sobre a profissão do fotógrafo...


Fotografia

Bacharelado

É a captação de imagens com o uso de câmeras, sua gravação e reprodução em papel e meios digitais. O fotógrafo domina o uso de máquinas, lentes e filmes e conhece a fundo as técnicas de revelação, ampliação e tratamento de imagens analógicas e digitais. Com base em conhecimentos de iluminação e enquadramento, procura captar da melhor maneira possível a imagem de pessoas, paisagens, objetos, momentos e fatos políticos, econômicos, esportivos e sociais. Seu trabalho pode ter cunho jornalístico, documental ou comercial - por exemplo, ao fotografar produtos e modelos em estúdio. É possível atuar em jornais, revistas, sites, emissoras de TV, no cinema e em agências de publicidade e de notícias.

Dúvida do Vestibulando

QUAL É A DIFERENÇA ENTRE FAZER UM BACHARELADO E UM TECNOLÓGICO?
Os dois cursos são muito parecidos, e os egressos são aptos a desempenhar as mesmas funções. No bacharelado, a formação humanística é maior, enquanto no tecnólogo o forte são as disciplinas práticas.

O mercado de trabalho

O mercado está em alta para bacharéis e tecnólogos, sobretudo fora das grandes capitais. A maioria dos profissionais abre estúdio próprio e atua como prestador de serviços para jornais, editoras de revistas e livros, agências de publicidade e departamentos de comunicação de empresas. A área mais concorrida é a publicidade e uma das que mais crescem é a fotografia de moda, seja em desfiles, seja para produção de catálogos. Há espaço para quem trabalha no gerenciamento de arquivos fotográficos, na conservação de acervos e na curadoria. Os estados do Sudeste e do Sul oferecem as melhores oportunidades, pois concentram o maior número de empresas que demandam esse profissional. São Paulo tem o maior mercado fotográfico do Brasil, pois é sede de um número significativo de empresas de comunicação, birôs de tecnologia fotográfica, exposições de artes fotográficas e de fotógrafos empreendedores autônomos. "Outra demanda em crescimento é a da fotografia como arte. Observamos que cada vez mais as galerias de arte têm aberto espaço para fotógrafos", diz Ricardo Magoga Gallarza, coordenador do curso tecnólogo da Univali. Para o fotógrafo social, que registra eventos como casamentos e festas, também há demanda em todo o país. 

Salário inicial: R$ 359,00 (saída de até 3 horas; fonte: Associação Profissional dos Repórteres Fotográficos e Cinematográficos do Rio de Janeiro).

O curso

Há apenas dois bacharelados no país. Os cursos dão ênfase à fotografia digital, sem abandonar o estudo sobre os processos analógico e fotoquímico. Têm boa base teórica, mas muita experimentação e aulas práticas. A estrutura curricular é dividida em duas partes: fundamental e de desenvolvimento e especialização. Na primeira, o aluno conhece as principais teorias e técnicas fotográficas. Na seguinte, o estudante entra em contato com os núcleos de formação profissional, como retrato/moda, gestão de acervo, fotojornalismo e crítica fotográfica, entre outros. O estágio não é obrigatório, porém é preciso apresentar um trabalho de conclusão antes da formatura. 

Duração média: quatro anos.

O que você pode fazer

Área pericial

Documentar situações para investigações policiais e ações judiciais.

Arquitetura de interiores

Fotografar maquetes, ambientes e edifícios para publicações de arquitetura e decoração.

Banco de dados

Projetar, instalar e administrar arquivos de fotografias e material iconográfico em museus, instituições e centros de documentação.

Curadoria

Organizar e promover exposições em museus, galerias, centros de documentação e informação e eventos.

Estúdio

Fotografar produtos e modelos para moda, culinária, decoração, publicidade e venda de produtos.

Fotojornalismo

Fazer reportagem jornalística e editar fotografias para jornais, revistas, agências de notícias e sites.

Restauração e conservação

Pesquisar, desenvolver e aplicar técnicas para recuperar e conservar fotografias, cromos e filmes fotográficos.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

National Geographic Portugal inaugura hoje mostra no Rossio

A revista National Geographic Portugal vai inaugurar esta segunda-feira, no Palácio da Independência ao Rossio, em Lisboa, uma exposição de fotografia com as 30 melhores imagens do V Concurso de Fotografia National Geographic, que decorreu entre Junho e Outubro de 2010.


Ao comemorar os seus 10 anos de existência em Portugal, a publicação apresenta a mostra, que se desenrola em torno das três categorias do concurso - Pessoas, Lugares e Natureza - e estará patente até ao próximo dia 31.

A entrada é gratuita, todos os dias úteis, das 09:00 às 13:00 horas e das 14:00 às 19:00 horas.

INTERNAUTAS ONLINE

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